sábado, 14 de abril de 2007

Web 3.0 = 4C + P + PV

[Web 3.0]

Já estou ouvindo as pedradas, mas vamos lá. O termo web 2.0 não é o que podemos chamar de unanimidade na blogosfera, imagine então começarmos a falar de web 3.0. E primeira vidraça foi quebrada. O ótimo Read/ Write Web publicou no mês passado um post explicando o que seria essa fórmula do título.

Conteúdo, Comunidade e Comércio

A tônica da web 2.0 tem sido conteúdo e comunidade. Está na moda o usuário criar o conteúdo, seja em redes sociais ou blogs. Exemplos de comunidades não faltam: Orkut, YouTube, Flickr, blogosfera… Todos eles orbitam na chamada web 2.0.

A web 1.0, anterior ao que temos hoje, era centrada no comércio. Exemplos são a Amazon, E-bay, Submarino… Todas elas evoluíram de alguma forma para a web 2.0, algumas mais que outras. Já temos então 3Cs.

Personalização e Contexto

A personalização é algo extremamente complicado. Nem o Google, com sua base de dados das intenções, consegue trazer resultados personalizados de busca. Por outro lado a empresa de Montain View é craque em exibir anúncios personalizados. Páginas iniciais como o Netvibes ou Pageflakes são tentativas de personalização, mas feita pelo usuário. A Netflix vai dar 1 milhão de dólares para quem conseguir desenvolver um algoritmo de sugestão de filmes melhor do que existe hoje. A personalização é um diferencial que as empresas podem oferecer neste mundo massificado de hoje (Cauda Longa).

Junto com isso chega o contexto. Não adianta nada oferecer anúncios de janelas em um site que fala sobre Windows. Os entusiastas da web semântica - aquela que nós taggeamos a informação com outra informação - acreditam que todos os desenvolvedores de sites irão, por boa vontade, usar meta-informações em seu código. Esquecem que ainda hoje encontramos sites que não usam CSS, imagina microformatos. Vai ser difícil fazer as máquinas entenderem o contexto das coisas. Quem sabe com o advento da singularidade

Pesquisa Vertical

Esse é um nicho com enorme potencial. Ao invés de ser generalista como um Google ou Yahoo!, a pesquisa vertical foca em um único mercado. O Buscapé é um exemplo disso, com comparação de preços em lojas virtuais. É uma forma de filtro no mar de informações que crescem a largos passos e que atingiram 161 Hexabytes no ano passado.

Imagine

Bom, aqui vou reproduzir o exemplo retirado diretamente do Read/ Write Web, em inglês:

  • I am a petite woman, dark skinned, dark haired, brown eyed. I have a distinct personal style, and only certain designers resonate with it (Context).
  • I want my personal SAKS Fifth Avenue which carries clothes by those designers, in my size (Commerce).
  • I want my personal Vogue, which covers articles about that Style, those Designers, and other emerging ones like them (Content).
  • I want to exchange notes with others of my size-shape-style-psychographic and discover what else looks good. I also want the recommendation system tell me what they’re buying (Community).
  • There’s also some basic principles of what looks good based on skin tone, body shape, hair color, eye color … I want the search engine to be able to filter and match based on an algorithm that builds in this knowledge base (Personalization, Vertical Search).

Web 3.0 não existe

Antes que os puristas da web resolvam fazer um ataque DDoS ao GeeekZone, vamos deixar claro: Web 3.0 não existe, web 2.0 não existe e web 1.0 não existe! Tudo isso foi invenção de alguém sem nada pra dizer e que foi lido e espalhado por pessoas sem nada pra fazer.

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